O estudo CREST (STENTING VERSUS ENDARTERECTOMY FOR TREATAMENT OF CAROTID- ARTERY STENOSIS) publicado em 01/07/2010 no THE NEW ENGLAND JORNAL OF MEDICINE, demonstrou a similaridade de resultados no que diz respeito às duas modalidades terapêuticas no tratamento da doença obstrutiva carotídea.
Ao final de 30 dias o numero de eventos adversos combinados (morte, IAM, AVC) foi igual e ao final de 4 anos de seguimento o número de eventos neurológicos igualaram-se.
Em 03/01/2011 foi publicado no JACC as novas diretrizes do tratamento da doença arterial extracraniana carotídea e vertebral. Com a participação de 14 associações médicas, a diretriz em sua seção “Seleção de pacientes candidatos a revascularização”: Como classe I de indicação, recomenda o implante de Stent como alternativa à Endarterectomia com taxas de AVC e mortalidade periprocedimento menores que 6%. Ainda julga como razoável a indicação inicial de Stent (classe II A) para pacientes com anatomia desfavorável a realização de cirurgia.
As indicações acima referem-se a paciente sintomáticos com diâmetro arterial reduzido a 70% ou mais em métodos de imagem não invasivos ou 50% ou mais pela análise angiográfica. Nos assintomáticos a revascularização carotídea deve ser guiada pela avaliação de comorbidades, expectativa de vida, e outros fatores individuais com discussão aprofundada sobre os riscos e benefícios do procedimento e preferências do paciente (Classe I – nível evidência C).
O emprego “profilático” do Stent em pacientes assintomáticos e altamente selecionados poderá ser considerado, mas sua eficácia quando comparado ao tratamento clínico isolado não está bem estabelecida ( Clase II B – nível evidência B).
Finalmente em 06/05/2011, publicação oficial do F.D.A ( FOOD AND DRUG ADMINISTRATION), expande as indicações de Stent carotídeo, agora não mais apenas nos pacientes de alto risco cirúrgico, mas também a todos os pacientes com importante obstrução carotídea e alto risco de AVC.