Segundo Kubo 2001, as doenças cardiovasculares se destacam no cenário mundial, por sua grande morbidade de mortalidade. Somente no Brasil são 300.000 vítimas dessas ao ano, sendo a maior causa de morte entre a população e a que acarreta o maior ônus ao sistema de saúde.
A cardiologia intervencionista tem sido muito importante para o diagnóstico de doenças cardíacas. Ela é caracterizada pela utilização de técnicas envolvendo a introdução de cateteres para tratamento das doenças coronarianas, valvulopatias ou cardiopatias congênitas. (BRAUNWALD, 2011).
O cateterismo cardíaco tem relativamente poucas contra-indicações, pois qualquer doença ou problema deve ser considerado caso a segurança do paciente esteja em risco. Essas condições incluem: irritabilidade ventricular não controlada; hipocalemia eletrolítica não corrigida, ou toxicidade digitálica; insuficiência cardíaca congestiva descompensada; e insuficiência renal grave ou anúria, a menos que a diálise esteja planejada após o procedimento. Outras contra indicações são relativas a: acidente vascular cerebral recente; hemorragia gastrintestinal ativa; hipertensão arterial grave não controlada; infecção ativa; ou se no local não existir serviço de cirurgia de emergência. (WOODS, 2005).
Depois do procedimento, o introdutor arterial femoral deve ser removido, em seguida, deve-se aplicar pressão manual no orifício de inserção do introdutor até obter a hemostasia. As enfermeiras (os) que cuidam dos pacientes pós-cateterismo cardíaco devem estar preparadas (os) para realizar a remoção do introdutor, de acordo com as políticas e orientações institucionais. Elas devem também, ser capazes de reconhecer as complicações associadas a esse procedimento. (WOODS, 2005).
O manuseio do local da punção e a retirada do introdutor arterial após as intervenções coronárias percutâneas têm aspecto importante, pois estão relacionados às complicações hemorrágicas e vasculares, ocasionando aumento da morbidade e dos custos hospitalares.
A prática da retirada de introdutor é permitida no Brasil, desde que o Enfermeiro seja devidamente treinado, pois esse procedimento pode acarretar vários risco e complicações vasculares.
Retirada do introdutor
-gazes
-compressa
-lâmina de bisturi nº 11 ou tesoura de retirada de pontos
-esparadrapo (fita microporosa).
- GRANDE- massa palpável > 8 cm
- MÉDIO- massa palpável ≥ 2 cm
- PEQUENO- massa palpável < 2 cm
Complicações Vasculares Locais
Complicações Vasculares Locais e Sistêmicas
O local de inserção do cateter deve ser observado, e a equipe de enfermagem deve avaliar possíveis sangramentos, formação de hematoma e edema.
Os pulsos periféricos e estados neurovascular devem ser observados, cada 15 min por 1 hora; a cada 30 min por 1 hora; e de hora em hora por 4 horas até a alta.
A equipe deve ainda notificar ao médico caso ocorra diminuição nos pulsos periféricos; novo hematoma, ou aumento do hematoma existente; dor forte no local de inserção, ou na extremidade afetada; e início de desconforto torácico ou falta de ar. (WOODS, 2005).
A formação de hematomas constitui-se em risco contínuo, por isso é preciso monitorar a área que cerca o local do orifício de punção arterial.
Outra complicação potencial é perfusão capilar diminuída de membros inferiores por causa de trombose ou formação de êmbolos. Com isso indica-se monitorar: pulsos pedial; calor; movimento; temperatura; e sensação de membros inferiores (BRIEN, 1992).
Considerações finais
As intervenções de enfermagem apontadas na literatura dizem respeito aos melhores procedimentos para se obter a hemostasia:
O que deverá proporcionar maior segurança ao profissional, minimizando complicações e favorecendo uma assistência mais humanizada e de melhor qualidade.