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Infarto Agudo do Miocárdio em Mulheres

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Enfª. Lucia Irene dos Santos Luciano

 

Introdução 

Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mostrou que o infarto mata oito vezes mais as brasileiras (em todas as idades) do que o câncer de mama.

 

E, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo, o equivalente a cerca de 8,5 milhões de óbitos por ano, mais de 23 mil por dia.

 

Há aproximadamente 50 anos, para cada dez óbitos por infarto agudo do miocárdio, nove eram homens (90%) e apenas uma era mulher (10%). Hoje, no entanto, as mulheres somam quase 50% do total de mortes por ataque cardíaco, segundo estimativas da SBC.

 

Palavra Chave: Infarto agudo do miocárdio; mulheres; enfermeiro; atendimento

 

O aumento das doenças cardiovasculares nas mulheres

 

O estilo de vida adotado pela mulher contemporânea trouxe inúmeras perspectivas para sua carreira profissional e satisfação pessoal. Porém, ao assumir a dupla jornada de trabalho, houve um aumento do nível de estresse e ansiedade, pelas cobranças impostas ao seu desempenho laboral associado à necessidade determinada culturalmente em se manter à frente da administração da casa, da família e dos filhos. Além disso, houve uma piora significativa na alimentação adotada por essa nova mulher, que diminuiu sua atividade física, tornou-se mais sedentária e, consequentemente, teve aumento do peso corpóreo.

 

Com esses comemorativos, houve um aumento significativo dos fatores de risco para as  doenças   cardiovasculares,   tais   como   obesidade, hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia (alteração dos níveis de gordura no sangue). Notou-se também o aumento do número de mulheres tabagistas nesse período.

 

Todos esses fatores deixaram as mulheres mais suscetíveis, tornando-as vítimas potenciais para os danos cardíacos.

 

O coração da mulher é ligeiramente menor do que o do homem (cerca de dois terços do tamanho) e sua fisiologia é um pouco diferente. Pesquisas mostram que as suas frequências cardíacas médias, por exemplo, são mais aceleradas. As mulheres também têm artérias coronárias mais finas e maior tendência a sofrer com bloqueios não apenas nas artérias principais, mas também nas menores, que fornecem sangue ao coração (condição chamada “doença cardíaca de pequenos vasos” ou “doença microvascular coronária”). Por esse motivo, quando têm um ataque cardíaco, descrevem a dor no peito como uma pressão ou aperto, e não como uma dor lancinante

 

Na mulher, o hormônio estrógeno se apresenta como um agente protetor para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, pois está associado à manutenção dos níveis elevados de HDL (o chamado “colesterol bom“) e tem ação vasodilatadora. Assim, o risco de infarto agudo do miocárdio para mulheres se dá em torno de sete anos mais tarde que nos homens, em função da queda do nível de estrógeno após a menopausa.

 

Surpreendentemente, ao atingir a faixa etária correspondente à fase de menopausa, a possibilidade de a mulher desenvolver infarto agudo do miocárdio aproxima-se das taxas masculinas. Contudo, estimativas apontam que a probabilidade de a mulher falecer por essa patologia é quase 50% maior quando comparada aos homens. Uma das possíveis explicações que justificaria essa situação seria a condição anatômica das coronárias femininas: estas apresentam um calibre menor quando comparada às artérias coronárias masculinas, por vezes, acompanhada de maior tortuosidade, favorecendo a obstrução.

 

Além disso, há outras causas para o desenvolvimento do infarto agudo do miocárdio, como a “doença do coração partido”(“doença de Taksotubo”), que ocorre na proporção de 9:1 em favor da população feminina. Essa patologia está associada à situação de estresse intenso como, por exemplo, a perda de um ente. Também a doença vasoespástica é mais frequente entre as mulheres e se justifica por contração involuntária e aparentemente inexplicável da artéria coronária, provocando uma falta de irrigação do músculo cardíaco naquela região. Outra patologia associada ao gênero feminino é a doença microvascular, em que pequenos vasos (menores do que as coronárias) são acometidos por lesões.

 

Para dificultar ainda mais a identificação da doença, o infarto agudo do miocárdio constantemente é considerado uma patologia referente ao sexo masculino e, portanto, não presente entre as mulheres. Esse erro de avaliação conduz a um comportamento prejudicial: as próprias mulheres acabam dando pouca importância ao coração. Além disso, as mulheres podem ter sintomas

 

típicos do infarto agudo do miocárdio, como os homens, mas também e muito frequentemente, atípicos.

 

O enfermeiro no atendimento humanizado pós infarto

 

O enfermeiro assume a função de liderança da equipe de enfermagem e desenvolve uma assistência de qualidade; lidera ações de maiores complexidades

,atendimento como também de capacitar-se para atuar com competência e se faz necessário um processo interativo onde o profissional cuidador, no caso o enfermeiro, aplique além de sua habilidade técnica, conhecimentos, intuição e, sobretudo, muita sensibilidade para com o indivíduo a ser cuidado, cabe a equipe de enfermagem intervir e prestar uma assistência rápida e de qualidade, para minimizar os possíveis danos ao paciente, diminuindo o risco de sequelas ou óbitos ocasionados pelo infarto.

 

Os cuidados de enfermagem consistem no desenvolvimento da autoconfiança junto ao paciente e familiares, proporcionar conforto; monitorizar. O enfermeiro deve observar, anotar e registar, cada ação realizada, sendo responsável pela avaliação e tomada de decisões que melhorem as condições de saúde dos pacientes. Os sinais vitais são uma forma rápida e eficiente de monitorizarão da condição da paciente ou de identificação de problemas e de avaliação da resposta ao tratamento que está sendo realizado. Cabe a equipe de enfermagem intervir e prestar uma assistência rápida e de qualidade, para minimizar os possíveis danos ao paciente. Quando o enfermeiro está preparo para intervir de forma apta a assistência prestada se torna essencial no plano de cuidado do paciente

 

Considerações Finais

 

Em geral, as pessoas desconhecem que os problemas cardiovasculares estão entre maiores responsáveis pelas mortes das mulheres no Brasil e no mundo.

O estilo de vida adotado, inúmeras perspectivas para sua carreira, assumir a dupla jornada de trabalho, a obesidade, hipertensão, tabagismo e a alimentação.

Os hormônios da fase fértil da mulher a protege da aterosclerose o que diminui a chance de infarto, e os sinais nem sempre são reconhecidos e relacionados com o coração, o que fazem com que demore a procurar socorro médico.

O enfermeiro por meios de seus cuidados é um profissional essencial na construção da conduta adequada no cuidado com o paciente infartado.

O enfermeiro assume a função de liderança da equipe de enfermagem atua com competência, técnico cientifico no plano de estratégia para promover uma melhora no quadro após o infarto.

As estratégias devem ser implementadas desde o momento da internação hospitalar, durante e após a alta do paciente com vistas ao seu autocuidado e adesão ao tratamento para o sucesso da terapêutica instituída.

 

Referências

 

http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/53681-saiba- identificar-os-sintomas-de-infarto-em-mulheres-20/03/2021. 

https://drauziovarella.uol.com.br/coluna-2/infarto-nas-mulheres-coluna- 21/03/2021 

https://www.medley.com.br/blog/saude-do-coracao/nao-negligencie-a-saude- do-coracao-23/03/2021 

http://sociedades.cardiol.br/rn/pdf/xvi-anais/137.pdf-23/03/2021 

https://www.mastereditora.com.br/periodico/20191006_204913.pdf- 19/03/2021 

https://www.facebook.com/enfermagemfazadiferencia/photos/a.106203911130495/110322954051924/?type=3&theater-19%2F03%2F2021

https://www.slideshare.net/Denilsi/iam-infarto-miocardio-19/03/2021

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