HCI-SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO
Dr. Renato Sanchez Antonio / Dr. Ricardo de Souza Alves Ferreira
Os avanços tecnológicos atuais da cardiologista intervencionista permitem aumentar o poder de diagnóstico diferenciado e muitas vezes associa-se com tratamento de maior eficácia.
Nos primórdios, por meio das angiografias avaliávamos as severidades das lesões e as classificadas como graves eram tratadas via angioplastia com balão e posteriormente houve a evolução para stents.
Hoje tivemos a oportunidade de lançar mão de recursos diferenciados para uma elucidação diagnóstica aprimorada seguida do melhor tratamento na literatura recente.
Tratava-se de um paciente com história prévia de síndrome coronariana aguda que foi submetido a cateterismo cardíaco e identificou lesões coronarianas de difícil definição para o melhor tratamento apenas com as angiografias. Em via vigência da terapia medicamentosa otimizada foi proposto exames invasivos para avaliações funcional e anatômica das lesões.
A avaliação funcional com o método razão de ciclo completo em repouso (RFR) permitiu interpretar que as lesões da artéria descendente anterior e do primeiro grande ramo diagonal não eram compatíveis com isquemia. A tomografia de coerência óptica (OCT) com objetivo de verificar placas vulneráveis nesses territórios preditoras de alto risco para eventos clínicos adversos maiores também foi negativa. Sendo assim, definiu-se com maior segurança a manutenção do tratamento medicamentoso.
A aplicação de ambos os métodos na coronária direita apresentou resultados diferentes, no teste funcional houve um valor mínimo acima da referência (0,80) para descartar isquemia miocárdica anexo e a aquisição de imagem intracoronária demonstrando placa vulnerável característica de alto risco para eventos clínicos adversos maiores. Conclui-se que haveria benefício no tratamento complementar e precoce da lesão com stent farmacológico guiado via OCT para o implante ótimo da prótese.
Os procedimentos revolucionários destacados geram para os cardiologistas clínico e intervencionista a segurança de que seus pacientes estarão mais distantes dos episódios de descompensação e serão proprietários de uma qualidade de vida maior.